A exposição dedicada a Amadeo de Souza-Cardoso no Grand Palais, em Paris, teve 73.337 visitantes, uma média de 949 por dia, segundo dados da instituição. A mostra ocupou mil metros quadrados e reuniu cerca de 300 obras em pintura, desenho, gravura e fotografia de Amadeo e de autores do seu círculo próximo, como Brancusi, Modigliani, Robert e Sonia Delaunay.
Apresentada numa das salas mais emblemáticas e mais visitadas da capital parisiense, a exposição constituiu uma grande oportunidade para revelar internacionalmente “um dos segredos mais bem guardados da arte moderna”, citando o historiador de arte norte-americano Robert Loescher.
“A taxa de satisfação dos visitantes foi particularmente elevada: 96% disseram estar satisfeitos e 44% indicaram que ultrapassou as expectativas", indicou o gabinete de imprensa do Grand Palais.
Recorde-se que para esta exposição o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) contribuiu com 20 peças da sua exposição permanente, entre pinturas, desenhos e caricaturas, correspondentes a diferentes fases da vida artística de Amadeo. Todas as obras regressaram ao Museu e encontram-se em exposição nas salas da Coleção Permanente.
A exposição foi organizada pela Réunion des Musées Nationaux et du Grand Palais des Champs-Élysées e a Fundação Calouste Gulbenkian, que detém grande parte do acervo do artista nascido em Amarante. Comissariada por Helena de Freitas, da Gulbenkian e uma das maiores especialistas da obra de Amadeo, a mostra teve como objetivo dar a conhecer um artista que teve uma vida curta e intensa, tendo falecido com apenas 30 anos, em 1918, de gripe pneumónica.
Amadeo de Souza-Cardoso, figura ímpar da vanguarda modernista parisiense, deixou uma obra fulgurante, cúmplice de todas as revoluções estéticas do seu tempo e, simultaneamente, absolutamente única e original. A sua morte prematura afastou-o da consagração artística e da história de arte internacional. Embora tenha morrido jovem, Amadeo de Souza-Cardoso viveu em Paris, de 1906 a 1914, onde teve contactos com os modernistas, e chegou a exibir e a vender o seu trabalho na capital francesa, nos Estados Unidos, na Alemanha e na Áustria.
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