1872-1930
Biografia
António Carneiro nasceu em Amarante em 1872. Foi educado no Asilo do Barão de Nova Sintra, pertencente à Misericórdia do Porto e ingressaria na Academia de Belas-Artes da mesma cidade onde haveria de concluir o curso de Pintura em 1896. Parte então para Paris, com uma bolsa, estudando na Academia Julien. Será fora da Academia e dos ateliers institucionais que Carneiro encontrará as verdadeiras fontes de estudo e inspiração nos simbolistas que à data expunham em Paris.
No regresso ao país, o artista desenvolverá a sua actividade essencialmente no Porto, onde fixa residência e onde virá a leccionar na Academia, não obtendo grande êxito nas exposições que tenta em Lisboa. Ao longo da sua carreira tirará partido das estadias em Melgaço, Leça da Palmeira e Figueira da Foz, pintando magníficas paisagens dessas paragens. Fez viagens ao Brasil de onde trouxe uma importantíssima série de aguarelas, integrando o que de mais “moderno” haveria de produzir.
A sua obra é marcada por uma extensa galeria de retratos onde pontuam todos os membros da sua família; por uma produção paisagística que se afastava do naturalismo vigente por lhe faltar o pitoresco e por abundar a atmosfera poética; por aspectos de uma pintura de história de que a obra “Camões lendo Os Lusíadas aos frades de S. Domingos” é exemplo, sem nela se esgotar; mas sobretudo por um misticismo simbólico de ambientes mágicos e indefinidos de que é momento maior o tríptico “A Vida”. Foi, sem dúvida, esta a obra que lhe garantiu um lugar crucial na história da arte portuguesa próximo do simbolismo.
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